
Novo Código Disciplinar da Fifa endurece punições em casos de racismo


Outra inovação está inclusa no artigo 15 do novo Código, intitulado “Discriminação e Racismo”, que incrementa o protocolo criado no ano passado. Antes o árbitro deveria sinalizar casos de racismo, adotando três regras: parar o jogo, suspender a partida e, em último caso, encerrar o confronto. Agora, com o novo Código, qualquer jogador ou integrante das equipes pode informar ao árbitro, caso tenha sido vitima de racismo, para que o juiz aplique imediatamente o protocolo. Em caso de continuidade das ofensas, a partida pode ser paralisada ou, até mesmo, encerrada pelo árbitro.
Notícias relacionadas:
- Racismo no futebol cresce, apesar de campanhas, alerta Observatório.
- Cinco torcedores são condenados por ofensas racistas contra Vini Jr.
- Julgamento sobre morte de Maradona é anulado após escândalo com juíza .
"Racismo não é só um problema para atacar no futebol, racismo é simplesmente um crime. E por isso estamos trabalhando com diferentes governos e com a ONU para ter certeza de que a luta contra o racismo esteja inserida na legislação criminal de cada país do mundo", defendeu o dirigente durante o Congresso da entidade em Assunção (Paraguai), no último dia 15.
O Código Disciplinar publicado hoje (29) também amplia o poder da Fifa. A entidade se reseva o direito de “interpor recurso ao Tribunal Arbitral do Esporte (CAS) contra decisões em casos de abuso racista, bem como de intervir nos casos em que uma Associação-Membro não investigar adequadamente os incidentes de racismo e processar o(s) infrator(es)".